Teatro de Epidauros |
As origens
Uma
das artes mais consagradas na Grécia antiga foi o teatro. Ao contrário do
teatro moderno esta expressão artística em suas origens estava ligada à
religiosidade dos gregos, ou seja, surgiu do culto ao deus Dionísio que era
considerado o deus da vegetação, fecundidade e do vinho. “Em Atenas, as
primeiras representações eram feitas nas grandes dionisíacas e nas dionisíacas
rurais, festas religiosas que se realizavam anualmente” (FERREIRA, 1997, p.
76). Com o passar do tempo, os espetáculos teatrais foram ganhando importância.
O Corifeu e o Coro nas
encenações
Com o intuito de entreter os participantes das
festas bacantes, ajudando a passar o tempo, eram organizadas pequenas
encenações, ora dramáticas, ora satíricas, coordenadas por um corifeu. Este
torna-se um personagem chave na deflagração da encenação, apresentando-se como
o mensageiro de Dionísio.
Acompanhava-o um coro que tinha a função de
externar por gestos e passos ensaiados os momentos de alegria ou de terror que
permeavam a narrativa. O corifeu e o coro são os elementos básicos do Teatro,
formam o ponto de partida da encenação que mais tarde assumirá algumas
alterações bem definidas. E aos poucos o teatro foi desvencilhando-se do
aspecto religioso e priorizando o ser humano.
O espaço utilizado nas apresentações
O próprio significado da palavra teatro tem referência a sua forma física original, podemos traduzir como: contemplo, vejo, visão por onde se vê um espetáculo.
O teatro grego era um verdadeiro edifício, e seu teto era o céu azul. As apresentações ocorriam durante o dia, dependendo sobretudo, do clima para serem confirmadas e realizadas.
O número de lugares disponíveis nos teatros confirmam o grande interesse que existia por essa arte. No teatro de Dionisos, em Atenas, comportava 17 mil espectadores. O teatro de Epidauro onde até hoje são feitas representações, dispõe de mais ou menos 14 mil lugares. Observe na imagem abaixo como estava organizado o anfiteatro.
Assim como hoje a plateia manifestava-se com assobios, batiam os pés e aplaudiam. A entrada em Atenas não era gratuita e os melhores lugares eram mais caros. Como em Atenas o teatro não era somente diversão, mas um aspecto da educação o governo democrático pagava para que os cidadãos pobres tivessem a oportunidade de participar. "Alguns lugares especiais estavam sempre reservados para os membros do governo. As mulheres tinham de ocupar as últimas filas, além de só poderem assistir às representações das tragédias" (FERREIRA, 1997, p. 78).
As representações teatrais na Grécia antiga
Será
que conseguimos enxergar um pouco do tamanho da importância do teatro para
Grécia, mas sobretudo, para o mundo todo? O que podemos dizer do teatro
contemporâneo?
O teatro grego se propõe a retratar dimensões do cotidiano do homem que encontram-se além do representar por representar, mas sobretudo, propõe a educar, ensinar, evidenciar que existem costumes, personalidades, belezas, enfim, adjetivos extremamente diversificados do homem que atua no maior palco já visto, o mundo. A poesia também contribuiu muito para o desenvolvimento do teatro grego, a beleza a sutileza das palavras, clamando as alegrias, os dramas, as tragédias.
Não é atoa que o teatro contemporâneo vez por outra, recorre ao mundo de representações do teatro grego para "fabricar" as comédias (Aristóteles) e tragédias (Dionísio ou Baco). As ciência das artes também se "aproveitaram" do teatro grego, sem descartar qualquer fase, seja o momento helênico, seja o mais racional, todas particularidades empolgam, dramatizam, alegra, ensina e educa, ainda bem! Copias não é o bastante, é preciso saber copiar. Segundo o autor, mesmo nos dias atuais, os gregos ainda recorrem a edificações antigas para assistirem as peças clássicas.
O teatro grego se propõe a retratar dimensões do cotidiano do homem que encontram-se além do representar por representar, mas sobretudo, propõe a educar, ensinar, evidenciar que existem costumes, personalidades, belezas, enfim, adjetivos extremamente diversificados do homem que atua no maior palco já visto, o mundo. A poesia também contribuiu muito para o desenvolvimento do teatro grego, a beleza a sutileza das palavras, clamando as alegrias, os dramas, as tragédias.
Não é atoa que o teatro contemporâneo vez por outra, recorre ao mundo de representações do teatro grego para "fabricar" as comédias (Aristóteles) e tragédias (Dionísio ou Baco). As ciência das artes também se "aproveitaram" do teatro grego, sem descartar qualquer fase, seja o momento helênico, seja o mais racional, todas particularidades empolgam, dramatizam, alegra, ensina e educa, ainda bem! Copias não é o bastante, é preciso saber copiar. Segundo o autor, mesmo nos dias atuais, os gregos ainda recorrem a edificações antigas para assistirem as peças clássicas.
Será
que conseguimos enxergar um pouco do tamanho da importância do teatro para
Grécia, mas sobretudo, para o mundo todo? O que podemos dizer do teatro
contemporâneo?
O teatro grego se propõe a retratar dimensões do cotidiano do homem que encontram-se além do representar por representar, mas sobretudo, propõe a educar, ensinar, evidenciar que existem costumes, personalidades, belezas, enfim, adjetivos extremamente diversificados do homem que atua no maior palco já visto, o mundo. A poesia também contribuiu muito para o desenvolvimento do teatro grego, a beleza a sutileza das palavras, clamando as alegrias, os dramas, as tragédias.
Não é a toa que o teatro contemporâneo vez por outra, recorre ao mundo de representações do teatro grego para "fabricar" as comédias e tragédias. As ciências das artes também se "aproveitaram" do teatro grego, sem descartar qualquer fase, seja o momento helênico, seja o mais racional, todas particularidades empolgam, dramatizam, alegra, ensina e educa, ainda bem! Copias não é o bastante, é preciso saber copiar. Segundo o autor, mesmo nos dias atuais, os gregos ainda recorrem a edificações antigas para assistirem as peças clássicas.
O teatro grego se propõe a retratar dimensões do cotidiano do homem que encontram-se além do representar por representar, mas sobretudo, propõe a educar, ensinar, evidenciar que existem costumes, personalidades, belezas, enfim, adjetivos extremamente diversificados do homem que atua no maior palco já visto, o mundo. A poesia também contribuiu muito para o desenvolvimento do teatro grego, a beleza a sutileza das palavras, clamando as alegrias, os dramas, as tragédias.
Não é a toa que o teatro contemporâneo vez por outra, recorre ao mundo de representações do teatro grego para "fabricar" as comédias e tragédias. As ciências das artes também se "aproveitaram" do teatro grego, sem descartar qualquer fase, seja o momento helênico, seja o mais racional, todas particularidades empolgam, dramatizam, alegra, ensina e educa, ainda bem! Copias não é o bastante, é preciso saber copiar. Segundo o autor, mesmo nos dias atuais, os gregos ainda recorrem a edificações antigas para assistirem as peças clássicas.
O teatro era ao ar livre e os atores
usavam máscaras. Somente aos homens era permitido participar das
representações, nas quais eram discutidos os problemas eternos do ser humano,
como o destino, as paixões e a justiça, e também satirizados os comportamentos
humanos, os costumes, e a própria sociedade.
Havia máscaras para diferentes
representações, é interessante lembrar também que um personagem poderia
utilizar mais de uma máscara em uma única apresentação. Para tragédias um
modelo de máscara, para drama outro tipo de máscara, para comédia outro tipo de
máscara, e assim por diante. A vestimenta também apresentava variações,
entretanto, uma túnica branca comprida, ou uma roupa um pouco mais colorida não
ofuscava o principal destaque que eram as máscaras. Dentre as particularidades,
podemos citar o tipo de máscara que os homens ( mulheres não encenavam e só assistiam as tragédias) utilizavam para representar
personagens femininos.
Máscara grega |
Os gêneros teatrais: tragédia e comédia
Teatro de Delfos |
Tragédia
As tragédias foram os primeiros espetáculos teatrais que os gregos conheceram. "As mais antigas representações aconteceram em Atenas, no tempo de Psístrato, durante o século VI a.c (PEREIRA, 1997, p. 79). Destacam sempre a desgraça e o sofrimento que acompanham o a existência humana.
Segundo a história da mitologia grega, o
significado do grego “tragoidía” (“tragos” = bode e “oidé” =
canto). Canto ao bode é uma manifestação ao deus Dioniso, que se transformava
em bode para fugir da perseguição da deusa Hera. Em alguns rituais se
sacrificavam esses animais em homenagem ao deus. A tragédia apresentava como principais
características o terror e a piedade que despertava no público. Para os autores
clássicos, era o mais nobre dos gêneros literários.
Era constituída por cinco atos e, além dos
atores, intervinha o coro, que manifestava a voz do bom senso, da harmonia, da
moderação, face à exaltação dos protagonistas. O coro tinha uma função muito
importante nas encenações do teatro grego.
Diferentemente do drama, na tragédia o
herói sofre sem culpa. Ele teve o destino traçado e seu sofrimento é
irrefutável. Por exemplo, Édipo nasce com o destino de matar o pai, Laio, e se
casar com a mãe. É um dos exemplos de histórias da mitologia grega que serviram
de base para o teatro.
Os principais autores de tragédias foram: Ésquilo, a mais conhecida peça de sua autoria é Prometeu acorrentado; Sófocles foi autor de Édipo-Rei, a tragédia grega mais conhecida e representada em toda a história. Além desta peça são bem conhecidas suas tragédias Electra e Antígona; Eurípides, o tragediógrafo grego mais popular foi autor dentro outras de Ifigênia em Áulis, Herácles e as bacantes.
Comédia
A origem da comédia é a mesma da tragédia: as
festas ao deus Dioniso. A palavra comédia vem do grego “komoidía” (“komos”
remete ao sentido de procissão).
Na Grécia havia dois tipos de procissão que
eram denominadas “komoi”. Numa, os jovens saiam às ruas, fantasiados de
animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes
da cidade. No segundo tipo, era celebrada a fertilidade da
natureza.
Apesar de também ser representada nas
festas dionisíacas, a comédia era considerada um gênero literário menor. É que
o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto o da comédia era escolhido
entre as pessoas da plateia. Um preconceito em relação ao gênero que perdura
até os dias atuais.
Outra diferença também é a temática, que
diferia nos dois gêneros. A tragédia contava a história de deuses e heróis. A
comédia falava de homens comuns, do povo, das instituições até dos deuses.
Seus autores criticavam os costumes e as pessoas da sociedade, atacavam o governo, às vezes violentamente, usando muitas vezes expressões obscenas. Neste aspecto não muito diferente das comédias modernas.
O principal autor de comédias foi Aristófanes e suas comédias mais conhecidas foram A assembleia de mulheres, As aves, As rãs, As nuvens e Lisístrata.
Um aspecto importante que pode ser exigido em exames mais "complexos" como o ENEM é a relação do teatro com o sistema político vigente em Atenas clássica, o seja, a democracia. Em Atenas a democracia era direta, ou seja, não havia representantes para defender os interesses dos cidadãos (Homens adultos filhos de pais atenienses). Por isso o cidadão na eclesia (assembleia popular) deveria ter boa oratória para convencer os outros. O teatro além de transmitir valores cívicos e culturais "ensinava" a plateia e os atores a escutar e a falar por um tempo longo. Algo fundamental na assembleia dos cidadãos.
Infelizmente muitas peças teatrais perderam-se com o tempo e só temos conhecimento de 10% delas. Aprendamos a valorizar nossas manifestações culturais e, sobretudo, o teatro.
Por professor Bruno Rafael
Referência
FERREIRA, Olavo Leonel. Visita à Grécia antiga. São Paulo: Moderna, 1997.
Excelente! é o melhor que se encontra sobre a matéria.
ResponderExcluirFico feliz por tê-lo ajudado! Obrigado pelo elogio!
ExcluirProfessor muito obrigada pelo Post.
ResponderExcluirClaro, objetivo, sem rodeios. Grande diferença de quem realmente quer dividir o conhecimento.
Sorte de seus alunos.
Muito obrigado, querida! Desejo sucesso a você!
ExcluirGostei muito de ler o seu trabalho. Sou a Jessica, uma aluna do ensino superior de teatro. Gostava de colocar alguma informação no trabalho de semestre que estou a fazer. Apenas umas pequenas informações. Preciso de colocar as referências nas quais me baseei. E por isso gostaria de saber, quais as suas qualificações como autor? Para poder referenciá-lo devidamente. Muito obrigada.
ResponderExcluirOlá, Jéssica! Obrigado!
ExcluirSou Bruno Rafael Machado Nascimento, historiador, professor da educação básica e Mestre em Ensino de História.