Os
gregos são conhecidos por sua busca de perfeição e beleza. E neste intuito
valorizam o ritmo, a harmonia e o equilíbrio. A arte grega foi essencialmente
uma criação urbana, de características funcionais e de fundo moral, sagrado
e/ou político, que elevou o homem a uma condição exaltada. Boa parte do que se
criou foi encomendado pelo Estado — era destinado ao culto, ou era concebido
como monumento público, celebrando heróis, atletas e outras figuras por algum
motivo notáveis e exemplares. Outras obras perenizavam episódios mitológicos e
conquistas coletivas, como eventos históricos importantes ou os sucessos
militares recentes, ou declaravam a superioridade cultural dos gregos sobre
outros povos, segundo a sua própria visão. Isso, mais a concepção da arte como
um instrumento pedagógico, fez com que muito da arte grega tivesse
características idealistas e formas austeras, equilibradas e nobres, ao mesmo
tempo em que mantinha contato com a realidade concreta através de um
concomitante interesse pela representação naturalista, uma tendência
cristalizada no período clássico. A associação clássica de idealismo e
naturalismo criou uma síntese original de duradoura influência sobre a
posteridade do ocidente.
Arquitetura na
Grécia antiga
Os
gregos foram grandes construtores de templos, porém comparado com os templos de
outras civilizações como a egípcia e as várias na região da mesopotâmia seus
templos eram relativamente pequenos. Estes templos serviam de morada para os
deuses e para ser vistos do exterior. Inicialmente os templos eram construídos
com madeiras, mas depois começaram a usar a pedra o que garantiu a solidez e a
sobrevivência durante milênios.
Segundo
Ferreira (1997, p. 82): “Na época
clássica, os templos passaram a ter maior número de dependências internas. Na
entrada ficava um vestíbulo, o pronaos, e o recinto principal recebia o nome de
nãos. Neste último colocavam a imagem do deus ao qual o templo era dedicado. Na
parte posterior localizava-se o opistódomo, local onde os fiéis depositavam
suas oferendas”.
A
cobertura dos templos era sustentada pelas famosas colunas, cuja forma e
acabamento variavam com o tempo. Vejamos os estilos das colunas:
Dórico: apresentando colunas de linhas mais rígidas e
capitel liso, o que ofereceu uma aparência de funcionalidade.
Estilo dórico |
Jônico: caracterizado pela leveza e
elegância das colunas.
Estilo jônico |
Coríntio: com colunas mais ornamentadas,
expressando luxo e abundância.
Estilo Coríntio |
Os principais monumentos
da arquitetura grega
• Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária.
• Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
• Ginásios, edifícios destinados à cultura física.
• Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia.
Partenon de Atenas: templo dedicado a deusa Atena |
Escultura
A
estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Inicialmente a escultura foi apenas um complemento das obras de arquitetura e a preocupação era a representação dos deuses. Na
escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável.
As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento.
No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados.
No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados.
Os escultores mais importantes da Grécia antiga foram: Fídias, Policleto, Miron e Praxíteles.
Kouros de Anavissos, c. 530 a.C., período arcaico |
O Doríforo, de Policleto, período clássico |
Laocoonte e seus filhos, período helenista |
Pintura
A
pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também
conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre
o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir
para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras
coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à
função para que eram destinados:
Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas;
Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc.
As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias.
A pintura grega se divide em três grupos:
figuras negras sobre o fundo vermelho
figuras vermelhas sobre o fundo negro
figuras vermelhas sobre o fundo branco
Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas;
Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc.
As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias.
A pintura grega se divide em três grupos:
figuras negras sobre o fundo vermelho
figuras vermelhas sobre o fundo negro
figuras vermelhas sobre o fundo branco
Detalhe de ânfora monumental do período geométrico |
Fundo de cálice em figura vermelha, com cena de Ajax e Cassandra, c. 440-430 a.C. |
Música
Cena de banquete ao som de música de aulos |
O
que se sabe da música grega deriva principalmente de fontes literárias e da
iconografia. Sobrevivem escassos e fragmentários exemplos de peças musicais anotadas,
cujo deciframento ainda é objeto de disputas. Também chegaram aos nossos dias
tratados técnicos, o seu sistema teórico de modos,
alguns vestígios de instrumentos e algumas melodias foram
transmitidas por escritores medievais. A música era onipresente na sociedade
grega, decorava os festivais públicos, acompanhava os guerreiros nas batalhas e
os pastores nas lides do campo, e entretinha as famílias no recesso do lar. Era
além disso parte da educação regular de todo membro da elite. Muitas vezes
estava associada à dança e ao teatro. Fazia parte de muitos de seus mitos e
desde longa data se firmou uma ideia de que era um poder efetivo, capaz de
alterar a disposição do ouvinte para o bem ou para o mal. Foram registradas
histórias de uso deliberado da música para influenciar populações inteiras,
como no caso do cantor Terpandro, convidado por Esparta para com
seu canto apaziguar uma cidade agitada, e de Pitágoras,
creditado como criador de uma terapia musical. Mais do que isso, o estudo da música entre os gregos não se
resumia a uma fórmula para a produção de melodias, mas era uma descrição
matemática e filosófica de como o universo era construído, com os astros
vibrando em conjunto no que se chamou de "harmonia das esferas".
A música humana deveria refletir a harmonia cósmica. Disso deriva a forte
associação da música com a ética e a pedagogia.
Um estilo de música com um perfil original e tipicamente grego já havia se estabilizado em suas formas e sistemas principais desde os tempos homéricos, quando a récita de poesia acompanhada de um ou poucos instrumentos se tornou o gênero mais cultivado. O acompanhamento geralmente era feito com a lira, mais tarde com a kithara, e com instrumentos de sopro dos quais o mais comum era o aulos. Com o tempo desenvolveu-se um rico instrumental, que incluída diversos tipos de instrumentos de percussão, sopro e cordas, e criaram o antecessor do atual órgão num instrumento chamado hydraulis, movido a água.
Praticamente toda a música grega era monódica e vocal, e dependia diretamente da prosódica poética para se estruturar e desenvolver.
Um estilo de música com um perfil original e tipicamente grego já havia se estabilizado em suas formas e sistemas principais desde os tempos homéricos, quando a récita de poesia acompanhada de um ou poucos instrumentos se tornou o gênero mais cultivado. O acompanhamento geralmente era feito com a lira, mais tarde com a kithara, e com instrumentos de sopro dos quais o mais comum era o aulos. Com o tempo desenvolveu-se um rico instrumental, que incluída diversos tipos de instrumentos de percussão, sopro e cordas, e criaram o antecessor do atual órgão num instrumento chamado hydraulis, movido a água.
Praticamente toda a música grega era monódica e vocal, e dependia diretamente da prosódica poética para se estruturar e desenvolver.
Por professor Bruno Rafael
Referências
FERREIRA, Olavo Leonel. Visita à Grécia antiga. São Paulo: Moderna, 1997.
www.historiadaarte.com.br
pt.wikipedia.org/wiki/Arte_da_Grécia_Antiga
www.bepeli.com.br
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